A
Contabilidade surgiu das necessidades que as pessoas tinham de controlar aquilo
que possuíam, gastavam ou deviam. Sempre procurando encontrar uma maneira
simples de aumentar suas posses. Logo com as primeiras administrações, surge a
necessidade de controle, que seria totalmente impossível sem a aplicação dos
registros.
O
Objetivo da Contabilidade é prestar informações relacionadas ao patrimônio de
uma pessoa física ou jurídica para tomada de decisões.
No mundo
A
Contabilidade Mundial estabeleceu regras a serem seguidas na prática
contábil, as quais são denominadas de: Postulados princípios e convenções.
Postulado
é uma
proposição ou observação de certa realidade que pode ser considerada não
sujeita à verificação. Determina o campo onde a contabilidade deve atuar.
São 02
princípios Postulados Mundiais: Entidade Contábil e Continuidade.
Princípios
e Convenções
qualificam e delimitam o campo de aplicação dos princípios em certas situações.
Em casos
de duvidas de como proceder em algumas situações, o profissional devera seguir
os princípios e convenções.
São
princípios mundiais:
- Da Objetividade;
- Da Materialidade (ou
Relevância);
- Do Conservadorismo (ou
Prudência);
- Da Consistência ou
Uniformidade.
No Brasil
Esses
Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) procuraram reunir e condensar
todos os Postulados, Princípios e Convenções já existentes, tentando reunir em
7 todos aqueles que existiam e continuam a existir. De fato, num esforço de
raciocínio, consegue-se identificar um Postulado transformado em Princípio ou
uma Convenção considerada como Princípio ou incorporada no entendimento de
outro.
Pesquisadores, Doutores e Mestres em Contabilidade costumam tecer muitas críticas a essa legislação. Entretanto, está em vigor.
Pesquisadores, Doutores e Mestres em Contabilidade costumam tecer muitas críticas a essa legislação. Entretanto, está em vigor.
Assim, de
acordo com a Resolução 750 do CFC, os Princípios Fundamentais de Contabilidade
são os seguintes:
1. O da
Entidade
2. O da Continuidade
3. O da Oportunidade
4. O do Registro pelo Valor Original
5. O da Atualização Monetária (Revogado pela Resolução CFC 1.282/2010)
6. O da Competência
7. O da Prudência
2. O da Continuidade
3. O da Oportunidade
4. O do Registro pelo Valor Original
5. O da Atualização Monetária (Revogado pela Resolução CFC 1.282/2010)
6. O da Competência
7. O da Prudência
1. Princípio
da Entidade: reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade de diferenciar um patrimônio particular de
uma pessoa física,independentemente dos patrimônios das pessoas jurídicas
individuais, do conjunto de pessoas jurídicas, sem considerar se a finalidade é
ou não a obtenção de lucro. O patrimônio de uma pessoa física não se confunde,
nem se mistura com o patrimônio da pessoa jurídica em que fizer parte. Na
prática, como exemplo: despesas particulares de pessoas físicas
(administradores, funcionários e terceiros) não devem ser consideradas como
despesas da empresa; bens particulares de administradores não devem ser
confundidos ou registrados na empresa.
2. Princípio
da Continuidade: a continuidade ou não de uma Entidade (empresa), bem como
a sua vida estabelecida ou provável, devem ser consideradas quando da
classificação e avaliação das variações patrimoniais. Essa continuidade
influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor e o
vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da sociedade tem prazo
determinado, previsto ou previsível.
Todas as
vezes que forem apresentadas as Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial,
DRE, etc) e, nessa data, ser conhecido um fato relevante que irá influenciar na
continuidade normal da empresa, esse fato deverá ser divulgado através de Nota
Explicativa A aplicação desse princípio está intimamente ligada à correta
aplicação do Princípio da Competência, pois se relaciona diretamente à
quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de
constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de
resultado.
Muito
cuidado, porém, deve ser observado pelo profissional na observância desse PFC,
uma vez que uma informação não fundamentada poderá trazer desastradas
conseqüências para a empresa.
3.
Princípio da Oportunidade - refere-se ao momento em que devem ser
registradas as variações patrimoniais. Devem ser feitas imediatamente e de
forma integral, independentemente das causas que as originaram, contemplando os
aspectos físicos e monetários.Quando se tratar de um fato futuro, o registro
deverá ser feito desde que tecnicamente estimável mesmo existindo razoável
certeza de sua ocorrência. São os casos de Provisões para Férias, para
Contingências, etc.
4. Princípio
do Registro pelo Valor Original /(ou Custo Como Base de Valor) - as
variações do patrimônio devem ser registradas pelos valores originais das
transações com o mundo exterior, expressos em valor presente e na moeda do
país. Esses valores serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais
posteriores, quando configurarem agregações ou decomposições no interior da empresa.
5. Princípio
da Atualização Monetária - refere-se à correção monetária proveniente da
alteração do poder aquisitivo da moeda nacional. Não representava uma nova
avaliação e sim o ajustamento dos valores originais para a data presente,
aplicando os indexadores oficiais.Em 01.01.1996, com o sucesso do Plano Real
que manteve a inflação brasileira a índices razoáveis e controláveis, foi
extinto o procedimento da Correção Monetária. Os Balanços publicados em
31.12.96 já não trazem o reflexo da correção monetária e para fins de
comparação com os Balanços de 31.12.95 que a expressavam, foram divulgadas
Notas Explicativas esclarecendo a mudança de critério e os efeitos dessa
mudança.
OBS: O
Princípio da Atualização Monetária (5º) foi Revogado pela Resolução
CFC 1.282/2010, deixou
de ser princípio e passou a ser um 'fator' de variação do custo histórico,
sendo esta variação uma das bases de mensuração de valor, isto dentro do
Princípio do Registro pelo Valor Original.
6. Princípio
da Competência - estabelece que as Receitas e as Despesas devem ser
incluídas na apuração do resultado do período em que foram geradas, sempre
simultaneamente quando se correlacionarem (Princípio da Confrontação das
Despesas com as Receitas), independentemente de recebimento ou pagamento.
Prevalece sempre o período em que ocorreram.
As Receitas
são consideradas realizadas (ocorridas):
a) nas
vendas a terceiros de bens ou serviços, quando estes efetuarem o pagamento ou
assumirem o compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na
propriedade do bem vendido, quer pela fruição (usufruto) do serviço prestado;
b) quando
do desaparecimento parcial ou total de um passivo, qualquer que seja o motivo;
c) pela
geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros.
As Despesas
são consideradas incorridas:
a) Quando
deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua
propriedade para terceiro;
b) pela
diminuição ou extinção do valor econômico do ativo;
c) pelo
surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
7. Princípio
da Prudência - determina a adoção do menor valor para os componentes do
Ativo e do maior valor para os componentes do Passivo, sempre que se
apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das variações
patrimoniais que alterem o PL. Impõe a escolha da hipótese de que resulte menor
PL, sempre que se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais
PFC’s. Baseia-se na premissa de “nunca antecipar lucros e sempre prever
possíveis prejuízos”.
A aplicação desse PFC ganha ênfase quando devem ser feitas estimativas para definir valores futuros com razoável grau de incerteza.
A aplicação desse PFC ganha ênfase quando devem ser feitas estimativas para definir valores futuros com razoável grau de incerteza.
8. Princípio
da Realização - Como norma geral, a receita é reconhecida no período
contábil em que é realizada. A realização usualmente ocorre quando bens ou
serviços são fornecidos a terceiros em troca de dinheiro ou de outro elemento
ativo.
Este
principio tem sido um dos mais visados, principalmente pelos economistas, por
julgarem que o processo de produção adiciona valor aos fatores que estão sendo
manipulados, o passo que, contabilmente, se verifica apenas uma “integração de
fatores”, e a receita e, conseqüentemente o lucro (ou prejuízo) só ocorrem no
ato da venda. O lucro só se realiza no ato da venda.
Convenções
O que são
Convenções?
Dentro da
ampla margem de liberdade que os princípios permitem ao contador, no registro
das operações, as convenções vêm restringir ou limitar ou mesmo modificar
parcialmente os conteúdos dos princípios, definidos mais precisamente seu
significado.
Hoje dentro
da contabilidade temos:
- A Convenção da Consistência;
- A Convenção do
Conservadorismo;
- A Convenção da
Materialidade;
- A Convenção da Objetividade.
1. A
Convenção da Consistência.
Assim, a
Convenção da Consistência nos diz que, uma vez adotado determinado processo,
dentre os vários possíveis que podem atender a um mesmo principio geral, ele
não devera ser mudado com demasiada freqüência, pois assim estaria sendo
prejudicada a comparabilidade dos relatórios contábeis. Se, por exemplo, for
adotado o método PEPS para avaliação de estoques, em lugar do UEPS (ambos
atendem ao mesmo princípio geral, isto é, “Custo Como Base de Valor”), deverá
ser usado sempre o método nos outros períodos. E se houver a necessidade
inadiável de se adotar outro critério, esta adoção e seus efeitos no resultado
devem ser declarados como nota de rodapé dos relatórios, de maneira a
cientificar o leitor.
Aceitamos
como perfeitamente valida esta convenção, pois sua finalidade é reduzir a área
de inconsistência entre relatórios de uma mesma empresa, contribuindo, de certa
forma, para um progresso mais rápido rumo à padronização e unificação
contábeis, dentro do mesmo setor de atividade.
2. A
Convenção do Conservadorismo.
Esta
Convenção consiste em que, por motivos de precaução, sempre que o contador se
defrontar com alternativas igualmente válidas de atribuir valores diferentes a
um elemento do ativo (ou do passivo), deverá optar pelo mais baixo para o ativo
e pelo mais alto para o passivo. Se, por exemplo, o valor de mercado do
inventário final de mercadorias for inferior ao valor de custo, devera ser
escolhido o valor de mercado, por ser o mais baixo.
Esta é
uma convenção que modifica o principio geral do Custo Como Base de
Valor.(Adotada também pela nossa atual lei das S.A).
A regra
“Custo ou Mercado o Mais Baixo” está intimamente ligada ao conservadorismo. Em
outras palavras, o custo é à base de valor para a contabilidade, mas, se o
valor de mercado for inferior ao de custo, adotaremos o valor de mercado.
Embora
certa dose de conservadorismo, no bom sentido do termo, não seja de todo
desprezível, a adoção irrestrita dessa convenção, em todas as situações, pode
torna-se um meio seguro de impedir o progresso da teoria contábil, criando
problemas para as empresas, pois, ao se reverterem as causas que deram origem à
aplicação do conservadorismo sem abandonar a convenção, perde-se o controle de
seus impactos nos resultados.
3. A
Convenção da Materialidade.
Esta
Convenção reza que, a fim de evitar desperdício de tempo e de dinheiro, deve
-se registrar na Contabilidade apenas os eventos dignos de atenção e na ocasião
oportuna. Por exemplo, sempre que os empregados do escritório se utilizam
papeis e impresso da firma registra-se uma diminuição do ativo da empresa,
diminuição esta que poderia, teoricamente ser lançada nos registros contábeis à
medida de sua ocorrência. Entretanto, isto não é feito, pela irrelevância da
operação, e a despesa só é apurada no fim do período por diferença de estoques.
O
julgamento quanto à materialidade também se relaciona com qual informação
devemos evidenciar, cuja exclusão dos relatórios publicados poderia levar o
leitor a conclusões inadequadas sobre resultados e as tendências da empresa.
Normalmente, materialidade e relevância andam juntas. Entretanto, algo pode ser
imaterial de per se, ainda assim, relevante. Por exemplo, se todo mês
descobrimos uma diferença de cerca de $1 no Balancete de Verificação do Razão,
o fato em si pode ser imaterial, mas, pela repetição pode ser relevante no
sentido de apontar eventuais problemas no sistema contábil. O fato de a
diferença ter sido pequena pode dever-se ao caso.
4. A
Convenção da Objetividade.
Esta
convenção pode ser explicada da melhor forma possível através do exemplo que, a
seguir, será relatado. Suponha-se que o Contador, para a avaliação de um certo
bem, dispusesse de duas fontes, a saber: A fatura relativa à compra do bem e o
laudo do maior especialista mundial em avaliação. Deverá escolher, como o valor
de registro, o indicado na fatura. Entre um critério subjetivo de valor, mesmo
ponderável, e outro objetivo, o contador devera optar pela hipótese mais
objetiva. A finalidade desta convenção é eliminar ou restringir áreas de
excessivo liberalismo na escolha de critérios, principalmente de valor. Em
tese, é uma convenção que contém seus méritos. Entretanto, seria necessário
definir de forma mais precisa o que vem ser objetividade.
Em suma,
nem só o que é material, palpável, tem a qualidade de ser objetivo. Mesmo
porque objetividade atribuída a tais elementos é uma imagem criada pela nossa
mente, que se utiliza, assim, do julgamento. Portanto, um julgamento pode ser
objetivo também, profissionalmente.
Conclusão
Enfim, o
que se pode dizer é que a contabilidade é governada por um conjunto de leis de
formação, as chamadas de Princípios da contabilidade, que servem para deixarmos
mais fácil a utilização da contabilidade no dia a dia.
As leis
da Contabilidade representam as teorias da ciência da contabilidade facilitando
a utilização da mesma, no seu objetivo que é estudar os bens e direitos de uma
empresa.
Os 07
princípios fazem com que já de inicio se tenha uma visão bem ampla da
contabilidade em si:
- O Principio da Entidade
reconhece o patrimônio como o objeto da contabilidade;
- O Principio da Continuidade
são as diferenças, as situações pelas quais passam o patrimônio. A
continuidade da contabilidade é um aspecto a ser observado cuidadosamente
para que se tenha um controle da situação.
- O Principio da Oportunidade
esse se refere ao mesmo tempo, a um todo e um e a cada fase do patrimônio,
determinando o que deve ser feito de imediato independente do que possa
ocorrer.
- O Principio do Registro È
através dele que registramos as transações do patrimônio, para que possa
se ter um controle desde o inicio do patrimônio dos valores originais.
- O Principio da Atualização
Monetária É o compatível com o valor original, sendo que o 1° apenas
utiliza e mantém atualizado o valor de entrada, qualquer alteração que entra
em ação com O Principio da Atualização Monetária, que ajusta os valores.
- O Principio da Competência
Tem o objetivo de decidir quando as alterações patrimoniais vão aumentar
ou diminuir o patrimônio liquido.
- O Principio da Prudência
Reforça as necessidades de apresentar informações que reflitam o
patrimônio liquido, gera precauções por parte do contador, impõe escolha
da hipótese de que resulte menos PL.
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